13/01/2014

Os meus Wonder vícios

Naaaaaaaaaaa........
Não é a Bola de Berlim com Creme, o meu Wonder vício! É verdade que gosto muito, é verdade que como bolas de berlim com creme, é verdade que Deus me deu um metabolismo milagroso que derrete todas as porcarias que como, é verdade que sou um pisco, mas também é verdade que adoro comida-e-chocolates-Guylian-e-Kinder-e-biscoitos-e-bolachas, e assim, sendo um "Monstro das Bolachas" menos saudável do que devia mas vestindo tamanho 34... ainda assim, o meu (Wonder) vício não são Bolas de Berlim com creme.
São os Colares e os Caps da É a Minha Mãe que Faz!
Mais um, presente da minha filha Dri!
Viciada, é o que sou! Uma verdadeira Royal Rebel.


Royal Rebel pensa "ai vou trincar-te todinha, vou vou!"
 
 

Meeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuu




Cruelty Free Area #1: o b-a-bá

Como é sabido, eu sou uma criatura profundamente preocupada, ativa e militante na chamada "causa animal". Podem chamar-me petlover, doglover, catlover, e nunca mais daqui sairia com os patudos todos, e os asinhas todos, e os peixinhos todos. Com limites: perdoar-me-ão os mais convictos, mas odeio tofu, soja e afins. Não sou vegetariana. Não sou - e isto sei que jamais serei - vegan. E sim, sei que em homenagem às minhas mais profundas convicções, deveria ser vegetariana. Mas há uma coisa que respeito e acho razoável: a cadeia alimentar, a ordem natural das coisas, o facto de o Homem ser carnívoro. Tal como os cães e os felinos. Coisa diferente é a forma como o Homem trata os animais de que se alimenta, ou de quem retira alimento, que reclama, sem dúvida, o jejum de muitos alimentos. Basta pensar nos aviários. Nos matadouros. No transporte de animais. Enfim, um rol de bestialidades da raça que quase me deixam automaticamente vegetariana. Não fosse a gula, o sushi e a farinheira. Mas vou trabalhar nisto, comprometo-me. Não gosto de ser incoerente. E não vegetariana é uma enorme incoerência na minha existência.
Mas há, ao menos, um cuidado menos envolvido com o pecado mortal da gula, que todos temos de ter. E temos, em crescendo: não utilizar produtos testados em animais. Os chamados produtos Cruelty Free. A dificuldade? Encontra-los. Com garantias seguras que são, efetivamente, cruelty free. E sem que custem fortunas astronómicas face ao que estamos habituados a pagar.
O "B-A-BA" dos produtos de higiene pessoal, de limpeza doméstica, de cosmética, de higiene dos nossos patudos cruelty free passam necessariamente por estas questões:

1. Como saber, garantidamente, que um produto é cruelty free?
2. Vou ao supermercado e encontro produtos cruelty free e eco-friendly?
3. É possível substituir os produtos que utilizo por outros cruelty free com o mesmo orçamento?
4. Onde é que posso adquirir produtos cruelty free e eco-friendly de gama baixa (baratinhos), gama média (mais carotes) e de gama alta (caros!)?

As respostas são no site da PETA, sim, sim e eu digo!

Amanhã começo a explicar tudo o que sei. Não sou uma cientista da área, mas uma estudiosa. Ando deste Outubro a estudar o mercado, a natureza, os preços, as certezas e as marcas.
Uma coisa vos digo desde já: esqueçam todos os produtos da UNILEVER (Axe, Lux, Rexona, Dove, Linic, Vasenol, Skip, Sun, Surf, Comfort, Cif) e tudo o que seja do grupo L'OREAL. Estão na LISTA NEGRA da PETA. São 100% cruelty.

Amanhã volto, com o Cruelty Free #2: 100% positively shore.





TU ÉS O NOSSO REI, EUSÉBIO

Ontem chovia e não havia o sol de hoje. Estava frio e desagradável. Mas desde quando é que isso impende uma, melhor, duas benfiquistas de todos os costados de ir à Magnífica Catedral, ver os dragoecos levar na pá?! NUNCA!
Enquanto Madrinha Portuguesa do Yéo, e porque o meu BFF Diogo prescindiu de usar o seu Red Pass (para quem não sabe, = lugar cativo no Estádio da Luz), decidi convidar quem se quisesse juntar a mim para irmos à bola. A Vanessa Alves foi a primeira a aceitar o convite, doando 20 € à Campanha de Angariação de Fundos para o Yéo, e lá fomos nós, cheias de fé! Eu arriscava 3-0, a Vanessa não tinha prognóstico. Às 15h15, porta 14. E lá fomos.
A Vanessa é enfermeira, benfiquista patológica, sabe de bola como poucas e uma Wonder Woman Cinco Estrelas. Não nos conhecíamos, mas passamos a conhecer! Para rapidamente descobrirmos que, a ver o Benfas, "descem" dois taberneiros em nós - eu costumo dizer que a ver o Glorioso sou um taberneiro, porto-me muuuiiitttoooo mal e vernáculo muitíssimo. A Vanessa também!
Vimos tudo o que tínhamos direito: o aquecimento, a Vitória a voar (e agora a Vitória voa que nunca mais acaba, e ensaia voos rasantes ao nosso símbolo a fingir que não acerta, e depois pousa onde deve... e se a Vitória não pousa onde tem de pousas as garras, é certo e sabido que a coisa não nos corre de feição...), participamos na homenagem ao REI (98,5% do Estádio em silêncio, 1,5% de palhaços dragoecos ressabiados e mal educados como só eles sem respeito nenhum), cantámos o Hino das Papoilas até nos doer (literalmente) a voz. E tivemos direito a GOLO aos 13! E GOLO aos 50 e tais! E roubalheira da grande pelo apito do Soares Dias, Artur - um clássico, um clássico.
Mas sobretudo tivemos direito a um jogo daqueles a doer, com poucos, muito poucos, momentos de pausa (a não ser para marcar 44 faltas), emoção, estádio ao rubro a bater palmas, puxar pela equipa, cantar, vibrar, e sempre, sempre a ouvir-se "TU ÉS O NOSSO REI, EUSÉBIO". E é.
Não foram 11 Eusébios em campo. Foram 62508 Eusébios nas bancadas, mais 11 em campo e mais 2 que entraram nas substituições. Ontem, só deu Eusébio na Luz. Corra a nossa rapaziada assim por mais 15 jornadas, e habemus Campeonato. Lembrem-se bem do nosso REI em cada jogo e deem tudo, e em Maio oferecemos ao nosso Glorioso Eusébio um Benfica Campeão.
E depois dos agradecimentos dos nossos rapazes, lá invadiu o REI os écrans gigantes, em todas as idades, em toda a sua Gloria, ao som do "Wonderfull World". E quando o speaker disse um sentido "Obrigado Eusébio", lá estava eu a chorar. Sou piegas. Mas sou Benfica. Até morrer.


Vanessa e Marta em aquecimento!

 

A Vitória a pousar onde devia. E a moldura humana, hem?

 


08/01/2014

Os passeios do Vasquinho #3

Hoje é oficialmente um Cat Day.
Porquê? Não sei. Talvez porque a minha baby Kitty tenha começado o dia ao meu colo, a ronronar! Vai daí, camisola da Petties Baazar emprestada pela minha irmã Maria (ela é que não sabe), cheiaaa de Kitties. E os meus "golfies", que nos dias que correm, depois de 4 meses de baixa, palmilhar as escadas e os corredores do escritório só mesmo de saltos rasos. E sim, estou viciada no meu batom encarnado. Para fazer contraste com o cinzento, que anda a impregnar-nos os dias e nunca mais se vai com a amiguinha chuva.
Até o Vasquinho anda farto. Detesta chuva, o meu miúdo.


Rouge rouge, Cat Day for my lovely Kitty-Kat
 
 

These "golfies" are made for walking
 
 

07/01/2014

Fixem esta data: 15 de Fevereiro de 2014. Coisas boas vão acontecer.

Acreditem em mim!
(Ontem com a minha Madrinha Inês Leitão, em almoço com cuscus e tofu e tisanas nos Tibetanos, em preparação das coisas boas a acontecer dia 15 de Fevereiro)


O regresso ao Canil Municipal de Lisboa

Ou Casa dos Animais de Lisboa, como eu sonhei um dia. Mas é, apesar das melhorias, um Canil Municipal. O de Lisboa.
Não tinha voltado àquele lugar, desde o dia em que me demiti das funções de Provedora Municipal dos Animais de Lisboa, numa afamada carta aberta ao Edil lisboeta (precedida de várias tentativas de comunicação verbal da minha decisão, sem qualquer espécie de resposta). Não por falta de interesse, de modo nenhum. Mas porque temos de saber escolher as nossas lutas dentro das forças que temos, a cada momento. O desgaste emocional de trabalhar com patudos no Canil de Lisboa, tal qual ele era, foi muito grande. E dias depois, a minha vida era dominada pelo "Big C".
Adiei algumas vezes a visita. Tinha medo de encontrar o Pintas, que ainda não tivesse família. Ou a Icy. Ou o Tobias. Ou a Alicinha. Ou o Kiko. Tinha medo que o gatil continuasse uma prisão. Tinha receio da impotência que ia sentir ao voltar àquele lugar sem a capacidade de abrir uma boxe para tirar uma foto, que fosse. Os meus medos não tinham razão de ser. Os meus receios, esses, sim. Toda a razão de ser.
O Pintas, a Icy, o Tobias, a Alicinha e o Kiko já foram todos adotados. O Gatil novo já está acabado, e os gatolas têm espaço para esticar as pernas e correr e trepar. O Canil não está com lotação esgotada, nem perto. A Dra. Marta Videira, que assumiu funções como Técnica Veterinária Responsável pela CAL, continua a ser a pessoa maravilhosa que eu conheci e tanto quis e lutei para que estivesse à frente daquele sítio. Atualmente, os gatolas já são todos esterilizados e vacinados - o que não me apaga da memória ou do coração os 14 meninos que morreram de calicivírus, mas a implementação destas regras é fundamental e a vida tem de seguir de olhos no futuro. Os funcionários da CAL, que tinham fama de assassinos carniceiros, são pessoas dedicadas e meigas, como sempre disse que são - e alegra-me muito ver isso reconhecido por demais pessoas. A Ala Fechada do Canil foi deitada abaixo! Finalmente! Está em obras de remodelação.
E então?
Os meus receios?
No Verão de 2013, a acompanhar a minha nomeação como Provedora, o Presidente da CML emitiu um despacho que permitia a toda e qualquer pessoa visitar sem restrições o Canil, fotografar e/ou filmar os patudos ali abrigados. Agora, com o Manual de Procedimentos em vigor, é preciso autorização prévia. A acompanhar-me neste regresso, estava a minha filha Dri. E o meu amigo Jaime, jornalista da Sábado e uma fotografa da revista, em preparação de um perfil meu. Não podemos senão visitar, devidamente acompanhados, o espaço. A Dra. Marta Videira tentou obter tal autorização por telemóvel. E chegou às falas com o seu superior (imagino que o Diretor da CAL), mas obviamente que a autorização ficou pelo caminho. Sabem lá eles, na "chefia", o que é que esta louca ia dizer da CAL à imprensa. Ia dizer não. Vou dizer. Já disse. Depois leem. A divulgação dos animais abrigados para adoção está a ser trabalhada. Até lá, raspas. Porque o Canil continua a ser ermo, sem acesso por transportes públicos. É preciso querer muito adotar um patudo para adotar um patudo no Canil de Lisboa. As fotos que publico, foram tiradas mesmo à entrada, com a Ritinha e o Pinguim, que andam à solta.
Depois, e acreditando 200% na palavra da Dra. Marta Videira, que me garantiu que não estão a ser praticadas eutanásias em animais supranumerários, há uma promessa eleitoral por cumprir, Sr. Edil: a declaração por Regulamento Municipal da inexistência de abates na CAL (a não ser por doença e sofrimento do patudo, uma eutanásia, não abates). Constava do programa eleitoral do PS. E já vi demais para me fiar na Virgem. Ainda que creio, e muitíssimo, na Dra. Marta Videira.

Talvez seja verdade que um Canil não possa ser uma Casa dos Animais. Mas por pura falta de vontade de quem manda, a chamada "decisão política". O Gatil não tem luz natural, as boxes estão despidas de brinquedos, brincadeiras para os miúdos treparem como gostam, é frio e cinzento, são precisas caminhas e "equipamento de enriquecimento ambiental" (vulgos brinquedos), que me diziam que faria parte integrante do Gatil novo. Levei mantinhas coloridas e fofinhas para a miudagem, mas vou recolher camas e casas de banho fechadas. E brinquedos, muitos brinquedos.
Levei biscoitos e sticks de roer, para os patudos-cães. Dei à boca, entre as grades. Há naqueles olhos tristeza profunda. O cinzento do dia só desajudava. O deserto de pessoas, voluntários, não era consolo algum. Era domingo, 11h30, caramba!
Fui muito bem recebida por estava (obrigada Nuno). Adivinho os "receios" dos que não estavam. Não preciso de fotografias. Mas eles precisam muito. Alguém se apaixone pela Ritinha, 6/7 anos, arraçada de galgo, por favor! Ou pelo Pinguim, pequenito de 1 ano, um doce de meiguinho que é! Ou por um dos gatolinhas crescidos aninhados uns nos outros, que já não são bebés mas são adoráveis. Vão busca-los e deem-lhes uma família, por favor.
Volto lá, garanto, regularmente. Aquilo é melhor vida que a rua. Mas não é vida para ninguém.


O Pinguim e a Ritinha vieram à porta receber-nos...
 
 

O Pinguim, pretolas de peúgas cor-de-mel, um ano de idade, um bem disposto. E a Ritinha à espera de biscoitos.
 
 

Ritinha e os sticks de roer
 
 

(para dentro: "Ritinha, levava-te comigo, se pudesse...")
 
 

A Ritinha, 6/7 anos de cadelinha, arraçada de Galgo, com marcas de vida dura no pelo e no corpo. Linda de olhos doces.

01/01/2014

Message in the sand from Dri (page 1 of my new yearbook)


Os passeios do Vasquinho #2

Passeio de domingo passado, que domingo é dia da família. Passeado: o Vasquinho. Fotógrafa: Dri.

O Vasquinho é um meu filhote lindo e meigo como algodão doce. O Vasquinho - A.K.A Vaca (ou Vasco Mariiiiaaaaa, quando faz porcaria) - foi resgatado pela Associação dos Amigos dos Animais Abandonados da Moita em Julho de 2013, estava abandonado ao lado de um contentor de lixo num estado lastimável. O Vasquinho estava cheio de carraças, pulgas e com uma horrível alergia à picada de pulga, tinha a pele do corpo em sangue e marcas de maus tratos. O mau estado do meu rapaz era tal, que a Veterinária que o assistiu achou que se tratava de um cãozinho sénior e cego. Quando os meus olhos bateram na sua fotografia grato e consolado na Vet, pensei: "este cãozinho vai ter os melhores últimos anos da sua vida. Vai ser mimado, tomar banhos de mar, correr na relva".
Dito e feito. Esteve uma semana com os voluntários da AAAAM, fui busca-lo dia 15 de Julho. A Cátia, a voluntária com quem falei para adotá-lo e que nos esperava no abrigo - a mim e ao Diogo - disse-me para não desanimar se o rapaz não tivesse grande reacção, que estava um pouco prostrado. Mas assim que cheguei junto da casota onde estava, e lhe disse "Vasquinho, a mãe veio buscar-te para irmos para casa conhecer os manos, o que é que achas?", o meu miúdo abriu os olhos, fixou-os em mim, e saltou para o meu colo a dar-me beijinhos. Assim. A mãe dele tinha chegado finalmente, para o levar para casa.
O Vaca não é cego, vê muito bem.
O Vaca não é sénior, tem 4 anos e meio.
E se fosse? Tinha mal?!
Nenhum. Mas dou graças pelos muitos minutos que ainda temos pela frente, juntos.
Foram dois meses de banhos com champô XPTO três vezes por semana. Desinfetar as feridas com betadine e pomada Halibut a seguir, de manhã e à noite. Limpar os ouvidos. Os olhos, com soro fisiológico, logo cedo e antes de dormir. Sentada ao lado do Vaca, no chão, para ele comer - que é um pisco, pois, tem a quem sair. E o Vaca, sempre ao meu lado. Sempre meigo, sempre simpático, sempre uma festa ao acordar e outra ao chegar a casa. Nunca mordeu ninguém, patudo ou humano. Porta-se bem, adora passear, detesta subir escada, ama a sua mãe mais que qualquer osso de roer. E todos os humanos que param para lhe dar festinhas. Ainda que, algures perto da Moita, estejam humanos que lhe fizeram mal e o deixaram no lixo, como se ele fosse nada. Vocês é que são uns NADAS, simulacro de gente, humanos de trazer por casa a rastejar no chão. O Vasquinho é mil vezes melhor que vocês. Não o merecem. Nem eu sei se o mereço. Mas esforço-me todos os dias.
Love U, Vaca!

 
 
 
O Vasquinho com a mãe no Coreto do Jardim da Estrela
 
 
"Vaca, olha o sol!"
 
 
Vaca e o seu "pão com salsicha" (cachorros é que o miúdo não come, não é?)
Não é lindo, o Vasquinho?!
 

Comeu o seu "pão com salsicha" todinho! Com ajuda, uma vez sem exemplo, porque a mãe e a mana Dri também comeram um. Todo no papo!
 

"Vaca, olha os patos!"