É lugar comum dizer que quando as mulheres não estão bem, mudam o cabelo. É assim uma verdade não de la palisse, mas de revista feminina: desgosto de amor, frustração epidérmica ou profunda, marco na vida. É este tipo de eventos que dita a coloração capilar feminina. Tanto que eu gosto de desconstruir mitos urbanos...
Não tenho o coração partido - está inteiraço -, fugi às frustrações da derme e não pretendo significar nada com estes dias que passam senão sentir-me bem. O cabelo emoldura-nos o rosto. Muda-se qualquer coisa na moldura, ilumina-se de modo distinto o retrato. É tão somente isto.
Eu sou de assumir riscos. Ou, no dizer de outros, "brava, aventureira e corajosa". Ora, não há nada de corajoso em mudar o tom de cabelo, nos dias que correm: não gostamos, em minutos mudamos tudo outra vez. O risco é de um cálculo extremo. Mas tenho sangue de camaleão na guelra. Quem me conhece sabe que pode esperar uma moldura diferente, any given moment.
O risco é saudável. A mudança é o nosso mote existêncial.
Os antigos dizem que "quem não arrisca, não petisca".
Eu digo que "quem não arrisca, não reflete o seu interior exteriormente". E o que é por fora molda-se, o que está cá dentro é tendencialmente muito melhor.
Lugar comum, também, a inner-search. Mas também os há, aos lugares comuns, de uma cruel nudez e verdade.
QUEM É QUE QUER MUDAR, SÓ NÃO SABE COMO OU PRECISA DE UMA REDE DE TRAPÉZIO PARA DIMINUIR O RISCO?
É só dizer, cabem na minha agenda.
Uma loura estreante ao fugaz sol no Guincho (e a espuma química dos dias)
Loura? Onde? Ah... pois... eu... (os olhos demoram a habituar-se, não julguem)
[Créditos: Afonso Azevedo Neves]
olá!
ResponderEliminarreparo agora que estas fotos (lindas!) foram tiradas pelo "nosso" Amigo Afonso Azevedo Neves!
para além de ser uma excelente pessoa é um maravilhoso fotografo!
Por favor, vamos lá convencê lo a mudar de vida! é demasiado "artista" para tanta "política"!
beijinhos
Rita Guerra