25/12/2013

(My) Wonder Women #1: A Catarina e a Madá

A minha irmã Catarina é mãe da Madalena Borda d'Água. A Catarina tem 29 anos, a Madá tem 3. Acabadinhos de fazer, com esta tia a tentar fazer-lhe as delicias e a adotar-lhe uma cachorrinha de raça FANTÁSTICA (o mesmo é dizer, estamos-nos nas tintas para a raça da miúda), a June - irmã da minha filhota Nonô.
A minha irmã Catarina é uma daquelas mulheres que me fazem engolir as palavras, as tristezas, os maus momentos, o cinzento-quase-preto dos dias maus. A Catarina é uma força da Natureza. Uma quase-super-mulher. Uma verdadeira Wonder Woman - e acreditem que o fatinho parco de tecido da super-heroína lhe assentaria bem (o que não é manifestamente para todas)!
A minha irmã Catarina sempre quis ser atriz. Corre-lhe nas veias. Dêem-lhe as tábuas, deêm-lhe o palco, que ela tem sede de ser outra, muitas. Apesar de todas as pressões e opiniões, de todos nós que queríamos fazer dela uma mulher "séria", com uma profissão "séria", a Catarina resistiu ao desengano de todos os achistas de trazer por casa - eu incluída - e tirou Teatro. A Catarina foi mãe da Madalena quando qualquer uma de nós acharia que era momento da "carreira", e sabia que o tempo não soprava em seu favor. É a melhor mãe do mundo. A Catarina é o dedo da mão que é não o pai, mas "a mãe de todos". Foi mãe dos nossos irmãos mais novos, o João, a Maria, o Afonso. É inspiradora para mim.
A Catarina sabe ser feliz. Dentro de todas as suas circunstâncias, fechada na sua ostra cheia de pérolas, na sua cabecinha preocupada com todos os outros, e a Madá e as tábuas. Faz de conta que tem um coração de pedra - mas aqui, sendo uma maravilhosa atriz, falha na representação e não me engana.
Daqui a uns anos, estarei a escrever o mesmo sobre a Madalena Borda d'Água.
A Catarina sabe ser feliz. E ensina(-me).

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